Vida Quotidiana - Comentários

Comentários - Vida quotidiana

Meus Comentários

Vida Quotidiana

Dia dos Pais

Quem  são os pais? Amanhã celebramos o assim chamado Dia dos Pais...

Como ver os pais?

Tenho uma visão triste sobre esta figura das famílias... Não tenho muitos dados sobre a realidade dos pais de outras formações sociais que não a brasileira. Tenho, sim, uma imagem do pai carioca... E esta não é boa... 

A mim me parece que pai é aquele que fica do lado da mãe com crianças...

O amor - ou sentimento parecido - parece ser dedicado à mãe... Se esta tem filhos, então... o homem torna-se o pai daqueles filhos...

Este homem - pai, no entanto,  pode ter outros filhos com uma outra mulher com quem desejou ter relações sexuais... Uma criança que venha de uma relação assim... não é vista como filho ou filha de nenhum pai... 

Para esta criança resta o apelo à dura realidade das leis e o que elas determinam. Uma pensão... 

Sei do caso da professora de 38 anos cujo rico pai dava-lhe apenas a pensão estabelecida por lei. A professora chorou em frente à todos que a assistiam na TV. Não era ao vivo. Tratava-se de um programa já gravado. Mas, as lágrimas estavam lá. 

Como fazer que os homens gostem - ou se esforcem por gostar - dos filhos que tiveram...  Os sentimentos são socialmente construídos?  Os homens - pais não conseguem amar os filhos pelo que são?  Como entender estes homens-pais?

Sou uma pessoa otimista e "empurro" esta questão para a nova geração que ainda não é pai... 

Mas...

Acho que temos que entender o que hoje temos... Não vale à pena reproduzir...

    

Minha Biblioteca Maria Alice Medeiros: Meu espaço - Apresentação

Minha Biblioteca Maria Alice Medeiros: Meu espaço - Apresentação: 

Apresentação Alguns Comentários 

 Apresento meus textos e a mim mesma neste blog. 

Decidi responder neste espaço às perguntas feitas pelo próprio site.

Questionário que o Google me propõe.

Frase

Uma breve descrição sua: 

Somos profundamente desiguais.  Desiguais em nossos direitos. Desiguais em nossas ambições. Desiguais em nossas necessidades. Desiguais em nossas obrigações. Somos iguais na desigualdade.

Apresentação

Conte-nos um pouco sobre você para que as pessoas saibam que você é a Maria Alice que elas procuravam.

Contar sobre mim...

O que pode ser interessante dizer?

Sou trabalhadora. Tenho muita energia para o trabalho.

Sou ingênua e muito sensível. A rivalidade – ou mesmo maldade - do outro sempre me surpreende.

Amo as Artes e a música.

Motivos de orgulho

Exemplos: sobreviveu ao colegial, tem três filhos, etc.

Do que me orgulho?

Orgulho-me de muitas coisas... Não saberia dizer do que me orgulho mais. Lembro-me do dia em que percebi (em sala de aula do colégio onde cursava o primeiro ano escolar) que após recortar incontáveis palavras em suas sílabas eu estava lendo a página inteira. Fiquei emocionada . Cheguei às lagrimas quando percebi que eu sabia ler...

Ocupação

O que você faz?

Leio e escrevo.

Empresas

Onde você já trabalhou?

Tenho trabalhado no magistério e na pesquisa. Lecionei na Fundação Getúlio Vargas, na PUC-RJ, na Universidade Santa Úrsula, e na UFF.

Educação

Onde você estudou?

Estudei na Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde fiz a Graduação.  Em Ciências Sociais. Estudei no IUPERJ, onde fiz os cursos de mestrado e, posteriormente, doutorado. Ciência Política e Sociologia.

Lugares onde morei

Morei em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. Sou brasileira. Sou também descendente de portugueses, o que me faz ainda mais brasileira.

Residência

Como entrar em contato com você em casa?

Se me deixarem um recado na face book eu o respondo! Posso ainda entrar em contato com as pessoas através do meu e-mail.

Comercial

Como entrar em contato com você no trabalho?

Estou em casa...

Relacionamento

Está saindo com alguém?

Se estou saindo com alguém? Sim! Saio rotineiramente com meu filho e... com meu cachorrinho Spike.

Procurando

Quem você está procurando?

Estou à procura de colegas, pessoas interessadas na compreensão, ou na apreensão da vida social. Pessoas interessadas em dividir, compartilhar... Pessoas interessadas em construir comigo críticas positivas, críticas construtivas.

Aniversário

Em que dia você comemora seu aniversário?

Celebro o meu aniversário em seu dia... 19 de Agosto. Dia em que nasci.

Sexo

Feminino

Descoberta de perfil

Perfil visível na pesquisa

Meu perfil está no meu Curriculum Vitae que- como todos os outros – é bem chatinho...

Outros perfis

Quais páginas falam sobre você?

Encontrei recentemente menções ao meu livro “O Elogio da Dominação” numa página da web “achadora” de publicações...

Páginas de jornais já escreveram sobre mim e meus trabalhos...

Colaborador de

Quais páginas apresentam seu trabalho?

Páginas de Jornais e livros... Acredito que "colaboradora de" refira-se à paginas da web... Eu não sei... Só conheço as paginas tradicionais, por escrito, publicadas nos veículos de "papel". 

Solteiros ou "Singles"

Solteiros ou "Singles"

A Pesquisa 

Pesquisa "Moro Só, e Agora?"

Esta pesquisa foi muito difícil de ser feita. Foi delicada, sensível. Eu me senti como se estivesse debaixo do tapete diversas vezes... Tive que me deslocar pela cidade (Rio de Janeiro) . Tive que tomar incontáveis ônibus... Eu e os ônibus...

Pretendo postar, primeiro, os artigos publicados nos jornais.. Em seguida, posto a mim  mesma.

Um Jornalista do JB achou a mim e ao David, meu colega nesta investigação. Joaquim Ferreira dos Santos. Um jornalista muito competente. Fiquei impressionada.  A entrevista aconteceu no IUPERJ onde estudei.

Gostei muito da forma como o jornalista sumarizou nossos comentários sobre a pesquisa. Não gostei   dos meus próprios sentimentos naquele dia...

O texto do jornalista ficou bom.

A Cobertura do JB - no Caderno Idéias - foi interessante. O desenho feito me pareceu muito adequado...

Relendo Casa Grande & Senzala

Relendo Casa Grande & Senzala

Conversando e analisando Gilberto Freyre

facebook

Minha conversa com Gilberto Freyre é já bem antiga.

Vou começar este trabalho trazendo à tona trabalhos meus já publicados em jornais... Parece mais interessante publicar o que já foi feito. 

Na foto acima Freyre aparece muito bem.  Ele é um grande captador de sentimentos ... Sentimentos presentes nas casas grandes brasileiras... Sentimentos presentes no cenário nordestino do Brasil escravocrata.

Conversando com este grande autor, escrevi o texto que anexei abaixo. Sim, este trecho é apenas uma síntese do livro que escrevi devotado inteiramente à análise que fiz sobre Casa grande & Senzala.

Quando completaria 100 anos de idade debates proliferaram por todo o país. Leigos, romancistas, jornalistas e cientistas sociais debateram as idéias de Freyre.

Eu fui uma debatedora...

Meu espaço - Apresentação

Apresentação

Alguns Comentários

Olá!

Apresento meus textos e a mim mesma neste blog.

Eu sou Maria Alice de Aguiar Medeiros. Sou socióloga.  

Escrevo...  Vamos lá!

Comecei a me interessar  pela igualdade social quando eu era menina...A desigualdade entre as pessoas sempre me pareceu clara, óbvia... Não apenas isso...  revoltante...

A vivência do ser desigual   logo me veio ao ver - e vivenciar - direitos e deveres dos meninos e das meninas... As desigualdades me eram passadas com um enorme "é assim"... Todos vivemos isto, suponho eu. Difícil  e triste foi ver um menino tocar a campainha da minha casa e pedir por "pão velho". Me lembro. Estava frio e o garoto estava descalço. Outro tipo de desigualdade.

Aos doze anos eu morava na Urca na casa dos meus avós...

Foram momentos de transformações sociais - e políticas - significativas  na minha vida e, na verdade, na vida do meu querido país.  

Eu tinha doze anos quando houve o golpe militar que jogou para longe o sonho - que eu já respeitava e acalentava em mim mesma - de um socialismo brasileiro. Igualdade para todos... Igualdade... Eu me orgulhava destas idéias... Me orgulhava  de pertencer a uma família de socialistas...

Todos foram presos. Alguns viajaram...

Eu fiquei com meus irmãos, minha mãe e minha avó na Urca...

A Urca foi naquele dia triste - e inesquecível -  fechada.

Minha avó entrou em casa vinda da padaria e disse aflita : - "A Urca está fechada por terra. Ninguém entra... Ninguém sai... Só se for por mar..."

Meus irmãos e eu ficamos assustados. Ficamos tão assustados que não falamos nada. nenhuma palavra... Minha mãe, também, não falou nada...

A Urca - minha casa - fechada...

Meus irmãos e eu ficamos quietos.

Ficamos na sala de jantar, no meio da casa.

Era a parte mais protegida. Ficava longe das ruas...

Não demorou muito naquele dia e minha avó voltou a trazer novidades. Ela disse com espanto:  "Tem gente fugindo pela água. Tem gente nadando... Estão atirando! E... Tem gente escalando a Pedra da Urca... Estão atirando!"

Fiquei com medo. Todos ficamos. Ninguém falou nada. Mais tarde o telefone tocou. A notícia dada foi a de ficarmos em casa e esperar.

Ninguém saiu à rua.

Silêncio.

Quantos anos se passaram deste então??

Meu pai foi preso três vezes em três forte distintos aqui no Rio de Janeiro. Três momentos diferentes na História. A ditadura brasileira foi muito longa.

Meus irmãos e eu estudamos. Ingressamos em Faculdades. Todos tivemos filhos. Todos viajamos para fora do país. Conhecemos outras cidades, pessoas e idéias... Todos escrevemos livros....  Livros acadêmicos. Área das Ciências Sociais. Todos escrevemos. Só mencionamos as visitas que fazíamos ao nosso pai  preso em algum forte carioca entre nós... As prisões permaneceram nas conversas tidas na esfera privada...

Eu gostava da minha vida e especialmente dos meus sonhos de quando eu tinha doze anos. Eu era socialista! E desejava ardentemente a Igualdade entre todos.